quinta-feira, 4 de novembro de 2010

crisálida

Via os outros. Sempre independentes, sempre inteligentes, sempre eficientes.

Quando olhava no espelho, porém, via uma criança no corpo de uma moça. Ou o contrário, não sabia muito bem.
Mas sabia, sim, que dentro dela havia uma borboleta pronta para sair do casulo, pronta para voar.

Se dizem que não deve-se ajudar a borboleta, é por um bom motivo. Suas intenções podem ser nobres, mas estarão a prejudicando.

Ela sente que quer sair do casulo. Mas não sabe voar.
Ela sempre será uma crisálida.

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